quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"NAÇÃO" BRASILEIRA

BRASIL, SÓ NA CAMISA!

É impressionante a unidade em que o Brasil se transforma em época de copa do mundo. Bandeiras, camisas, adesivos, tudo para apoiar a seleção. Mas é igualmente impressionante a velocidade com que esse sentimento nacional aparece. Mas por quê?


Uma resposta fácil não existe. A melhor seria: porque nós não nos sentimos brasileiros, mas torcedores da seleção canarinho. Essa é a nossa nacionalidade. Um brasileiro só ajuda a outro em momentos de catástrofe total. Mas depois, cada um que se vire. Essa falta de “pátria” é tão grande, que nem dividir os royalties do pré-sal com o resto do Brasil, Espírito Santo e Rio de Janeiro não querem. Dinheiro que poderia ajudar o resto do país é negado por ganância. Talvez em época de copa, os fundos fossem divididos.

Um ponto polemico é a capacidade (ou a falta dela) do Brasil sediar a copa. Não é só construir estádio e pronto. Requer muito mais dinheiro e esforço em pouco tempo. Só para se tomar com exemplo, Salvador, terceira maior cidade do país em população, tem quase uma década em que o metro está em obras. Como uma cidade que quer sediar um jogo da copa, com um transito tão caótico, não tem metro? Se bem que os trens não mudariam muita coisa já que liga o nada a lugar nenhum (segundo os próprios soteropolitanos).

Mas é capaz sim. O Brasil tem fundos falta só vontade. Obras em ritmo acelerado e correta distribuição de verbas, além de planejamento cuidadoso podem sim, transformar esse país em expoente (pelo menos durante a copa).

NEGROS E BRANCOS, RISOS E SORRISOS


A Copa do Mundo de futebol veio como uma nova oportunidade para os sul-africanos vestirem uma só camisa. A África do Sul jogará em casa, em busca do sucesso em campo e da união fora dele. Pela primeira vez a Copa do Mundo foi sediada em país Africano. A nação, que um dia foi dividida por raças, deu mais um passo rumo à integração. Esta jamais esquecerá o que aconteceu, no entanto já houve o perdão. Os Sul-Africanos agora usam o futebol como uma das maiores armas na sua luta para a unificação do país.

Nos primeiros dias de abertura das lojas da FIFA, negros, brancos e mestiços se abraçavam, cantavam e se ajudavam na distribuição de senhas para comprarem seus ingressos. O mesmo aconteceu numa festa de rua que celebrou os cem dias que faltavam para a Copa. Além disso, foi possível constatar através da televisão que na arquibancada, houve lugar para todos. Nenhuma “raça” estava restringida a não ser pelo custo do bilhete.

A abertura da Copa do Mundo aconteceu em um lugar especial para a história Sul-Africana, Soweto onde fica o Orlando Stadium, tornou-se um ícone da resistência ao antigo regime de segregação racial o Apartheid.

Esta Copa ajudou os negros africanos a lutarem contra o passado, mesmo não sendo possível mudar o que já ocorreu. No entanto há esperança de um reconhecimento pela luta que os ajudaram a chegar até este dia. Além disso, os Africanos tentam “quebrar linhas de pensamentos” e mostrar que as a realidade de discriminação está começando a mudar e que o passado já não está interferindo no riso em seus rostos.

NEGROS?!!!!

NEGROS! NEGROS! FUJAM!

Umas das primeiras cenas do filme “Invictus”, de 2009, Nelson Mandela (Morgan Freeman) chega ao seu escritório presidencial para o seu primeiro dia como presidente. Chegando lá todos os brancos, que ali trabalhavam estavam arrumando-se para sair do prédio presidencial.Os brancos do governo imaginavam que como forma de vingança Mandela demitiria a todos, formando um governo com apenas negros.


Nas ruas acontecia o mesmo, as diferenças faziam com que os brancos e negros continuassem afastados. O país continuava dividido por uma barreira psicológica: o medo de uma vingança. Mandela, logo após a posse encarou, um grande problema no cenário político do país, acomodar os anseios da maioria negra da população e, ao mesmo tempo, mostrar à minoria branca, dominante, que ela não seria negligenciada no novo arranjo político.

CHARGE COM PRINCIPAIS FIGURAS DO APARTHEID

NÃO SE NASCE ODIANDO


"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." – Nelson Mandela


Preconceito é uma postura ou idéia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos “padrões” de uma sociedade. Como Mandela citou em sua frase, nenhum de nós nasceu tendendo a odiar nossos semelhantes pelas suas diferenças, sejam elas qual for. Um grande exemplo disso foi a época da Apartheid na África do Sul, o qual foi um regime de segregação racial. A legislação da época separava negros de brancos, conseqüentemente causando violência e uma série de revoltas populares.

Contudo, é muito mais simples aprender a amar ao próximo do que a odiá-los. Apenas precisamos de uma nova concepção de aprendizado. Não porque o próximo é diferente que se tem que tratar diferente, mas sim mudar esse pré-conceito que a própria sociedade empregou como certo ou errado, diferente e normal. É preciso aprender a conviver com a diversidade.


PRINCIPAIS PERSONAGENS DA AFRICA SO SUL DURANTE O APARTHEID

Mandela

Nelson Rolihlahla Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u722.jhtm



Desmond Tutu

Desmond Tutu nasceu numa época em que os negros tinham que carregar uma identificação especial e apresentá-la aos policiais brancos quando fossem requisitados.

Em 1975, Desmond Tutu foi o primeiro negro a ser nomeado decano da Catedral de Santa Maria, em Johannesburgo, uma posição pública que o fazia ser ouvido.

Por sua firme posição contra a segregação racial ganhou, em 1984, o Prêmio Nobel da Paz.

Em 1996, após a extinção do apartheid, presidiu a comissão de Reconciliação e Verdade, destinada a promover a integração racial na África do Sul, com poderes para investigar, julgar e anistiar crimes contra os direitos humanos praticados na vigência do regime.

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u478.jhtm



Hendrick Verwoerd

Hendrik Frensch Verwoerd (Amesterdão, 8 de Setembro de 1901 - Cidade do Cabo, 6 de Setembro de 1966) foi um político da África do Sul criador e principal implantador do regime de segregação racial conhecido como apartheid, que categorizava os negros e outras etnias do país como uma "sub-classe" de cidadãos.

Serviu como Primeiro-Ministro da África do Sul desde 1958 até 1966, quando foi assassinado. Verwoerd concretizou o sonho africano de estado independente para a África do Sul, ao estabelecer uma república em 1961

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hendrik_Frensch_Verwoerd



B.J. Voster

Balthazar Johannes Vorster, também conhecido como B.J. Vorster ou John Vorster (13 de dezembro de 1915 - 10 de setembro de 1983), foi um político e jurista sul-africano, premiê (1966-1978) e presidente (1978-1979) do país.

Nasceu em Jamestown, representante da minoria branca africâner (sul-africanos de origem holandesa), partidário da política de segregação racial, conhecida como apartheid, que em seu governo foi reforçada ainda mais. Levou a cabo detenções e impôs drásticas medidas de segurança contra os negros, como a condenação à prisão perpétua de Nelson Mandela.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Balthazar_Johannes_Vorster




Frederik Klerk

Frederik Willem de Klerk nasce em Johannesburgo e forma-se em direito pela Universidade de Potchefstroom, em 1958. Embora

Em 1989 é eleito presidente da África do Sul e procura soluções para os problemas raciais enfrentados no país, onde a política de segregação racial, o apartheid, existe oficialmente desde 1948.

De Klerk condena a discriminação racial e liberta importantes prisioneiros políticos, como Nelson Mandela, em 1990.

Dois anos depois, negocia com líderes negros uma nova Constituição, que reconhece os direitos da maioria negra. Isso resulta na primeira eleição nacional sem restrições de cor ou de classe social, pelo que De Klerk e Mandela ganham o Prêmio Nobel da Paz em 1993.

Em 1994, Mandela torna-se presidente do país, com De Klerk como vice.

http://www.algosobre.com.br/biografias/frederik-de-klerk.html



PRIMEIRAS LEIS SEGREGACIONISTAS NA ÁFRICA DO SUL

LINHA DO TEMPO

1911 Minoria branca, Africânders, cria série de leis para segregar a população não-branca

1948 Oficialização do apartheid com a chegada do Partido Nacional ao poder

1950(década) Oposição a política de segregação racial toma forma, quando o Congresso Nacional Africano (CNA) lança campanha de desobediência civil

1960 Polícia mata 67 negros que participavam de uma manifestação liderada pela CNA em Sharpeville

1960 Após o massacre a CNA é considerada ilegal pelo governo sul-africano

1961 A África do sul, através de um plebicito, obtem sua indepedência completa ao sair da Comunidade Britânica, agravasse o Apartheid

1962 Nelson Mandella é preso e condenado a prisão perpétua

1971 Criação dos Bantustões dez nações tribais independentes, instaladas em uma área correspondente a 13% do território sul-africano, onde os negros são confinados.

1975 Fim do Império colonial português, inicio do enfraquecimento do Apartheid

1980 Queda do governo de minoria branca na Rodésia (atual Zimbabue)

1984 Revolta popular leva o governo a declarar Lei Marcial

1984 Comunidade internacional se revolta e declara sanções econômicas ao governo de segregação racial sul-africano

Presidente Pieter Botha promove reformas, mas mantém os aspectos essenciais do apartheid.Revoltas continuam sempre reprimidas com violência

1987 O Partido Nacional perde votos de eleitores brancos

1989 Posse de Frederik de Klerk, que acabou com as leis segragacionistas sul-africanas

1990 Mandella libertado e CNA recupera a legitimidade

1994 Nelson Mandela é eleito o primeiro presidente negro da Africa do Sul, após as primeiras eleições abertas no país

terça-feira, 17 de agosto de 2010

VIDAS SEPARADAS

Introduzido como política oficial na África do Sul por uma minoria branca que governou o país no período de 1948 a 1994, o apartheid foi um regime de segregação racial que trouxe muito sofrimento e humilhação para a população mestiça e negra, pois além de terem seus direitos sociais, econômicos e políticos reduzidos, este regime resultou na separação de muitas famílias. De acordo com a nova Legislação a população acima de 18 anos estava dividida em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor", e "indianos") e para cada raça foi determinada uma área específica onde deveriam viver. Como consequência brutal dessa lei diversas famílias foram separadas pois nem todos os seus membros foram classificados com sendo da mesma raça. A remoção das pessoas para as áreas determinadas foi com muito sofrimento e violência. Muitas famílias também foram obrigadas a viverem separadas porque só podiam viver nas cidades os homens negros que estivessem trabalhando. Como as negras não estavam incluidas nessa lei, elas não podiam permanecer nas cidades, sendo obrigadas a viverem com os filhos separadas dos marido e em regiões afastadas. De acordo com o regime do apartheid era proibido o sexo entre pessoas de raças diferentes. Essa determinação tornava muito difícil o relacionamento entre os casais formados por pessoas de raças diferentes causando a destruição de relacionamentos ou conduzindo a sociedade à formação de famílias sem mistura de raças e culturas. No regime do apartheid, os sentimentos das pessoas não eram levados em consideração, as pessoas foram separadas, as famílias foram abaladas na sua estrutura prejudicando a formação de crianças e adolescentes. O apartheid representou um regime de discriminação cruel e uma violação aos direitos humanos.

APARTHEID

A África do Sul foi uma região dominada por colonizadores de origem inglesa e holandesa que, após a guerra dos Bôeres (1902) passaram a definir a política de segregação social como uma forma de manter o domínio sobre a população nativa (negros), nascia então o apartheid (traduzindo-se para o português : vida separada).A política foi oficializada em 29 de julho 1948 e funcionava de um modo que dividia os brancos dos demais grupos étnicos do país, no qual os brancos seriam mais privilegiados e os demais (negros principalmente) oprimidos. Negros não podiam se “misturar” com os brancos, ou seja: casar, freqüentar lugares comuns, ter o mesmo acesso a escolas, entre outros absurdos.

Os africânderes (minoria negra do país) podem ter implementado o apartheid motivado por estudos demográficos; como minoria que estava diminuindo em relação ao total da população. Havia um pensamento incômodo de ser engolido pela maioria negra, e de perder sua identidade através de casamentos inter-raciais se isso fosse permitido.

Em 21 de março de 1960, 5000 negros congregados em Sharpeville, manifestaram-se contra essas regras, então a polícia, em um ato de covardia, abriu fogo nos protestantes matando e ferindo muitos (não se sabe o número exato), todos negros. Esse massacre fez o apartheid ser conhecido internacionalmente, e também que a resistência negra ficasse mais forte e violenta.